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terça-feira, 9 de junho de 2020
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A FOTO
(solon belo)
O QUE FAÇO COM A FOTO? O QUE ELA DIZ?
QUE SENTIMENTO ELA GUARDA?
DE QUEM ELA FALA, É UM JULGAMENTO, CADÊ O JUIZ?
PRA QUE ESSA FOTO, CADÊ O SEU TEXTO?
QUEM É ESSE MENINO E DE QUEM É O DIREITO?
QUE DOR ERA ESSA, INSANO MOMENTO,
MAS HÁ QUE HORAS DO DIA?
ESTOU NO LUGAR DO FOTÓGRAFO
NO DOBRAR DA CRIANÇA
E NO DESEJO DO URUBU.
ASSIM ERAM ELES,
ASSIM SOMOS NÓS,
ASSIM ÉS TU.
DEDICO ESSA POESIA A TODOS AQUELES QUE
VENDO O NECESSITADO PASSOU DE LARGO.
(solon belo)
O QUE FAÇO COM A FOTO? O QUE ELA DIZ?
QUE SENTIMENTO ELA GUARDA?
DE QUEM ELA FALA, É UM JULGAMENTO, CADÊ O JUIZ?
PRA QUE ESSA FOTO, CADÊ O SEU TEXTO?
QUEM É ESSE MENINO E DE QUEM É O DIREITO?
QUE DOR ERA ESSA, INSANO MOMENTO,
MAS HÁ QUE HORAS DO DIA?
ESTOU NO LUGAR DO FOTÓGRAFO
NO DOBRAR DA CRIANÇA
E NO DESEJO DO URUBU.
ASSIM ERAM ELES,
ASSIM SOMOS NÓS,
ASSIM ÉS TU.
DEDICO ESSA POESIA A TODOS AQUELES QUE
VENDO O NECESSITADO PASSOU DE LARGO.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
POESIA - "HISTÓRIA EM GRAFITE" (Solon de Souza Belo)
Ontem foi passado, cantado, esculpido, comido
Ontem ficou cravado na caverna pedra do tempo história
Marcas profundas registradas nas mídias guardadas para sempre
Simplesmente incorrigíveis ou inconcebíveis,
Mas ficarão assim congeladas e imutáveis.
Hoje é presente. cantando! esculpindo! comendo!
Hoje escrevo como quero, onde quero, como posso
Uso a borracha, e apago e escrevo de novo
O roteiro é meu, não sei se arrasto ou se sou levado por ele
Brinco, mudo o final, não concluo. Mando. Sou emissor de reflexos.
Amanhã será futuro, cantarei? esculpirei? comerei?
Amanhã o fato informe apenas se resolve na leveza da cor
Que ferramenta será capaz de discerni-lo, que broxa de pintá-lo?
Destino cavalo indomável que corre na frente em galopes ligeiros
Qual seu instinto? De onde vens, para onde vais? Qual o seu cheiro?
Ontem ficou cravado na caverna pedra do tempo história
Marcas profundas registradas nas mídias guardadas para sempre
Simplesmente incorrigíveis ou inconcebíveis,
Mas ficarão assim congeladas e imutáveis.
Hoje é presente. cantando! esculpindo! comendo!
Hoje escrevo como quero, onde quero, como posso
Uso a borracha, e apago e escrevo de novo
O roteiro é meu, não sei se arrasto ou se sou levado por ele
Brinco, mudo o final, não concluo. Mando. Sou emissor de reflexos.
Amanhã será futuro, cantarei? esculpirei? comerei?
Amanhã o fato informe apenas se resolve na leveza da cor
Que ferramenta será capaz de discerni-lo, que broxa de pintá-lo?
Destino cavalo indomável que corre na frente em galopes ligeiros
Qual seu instinto? De onde vens, para onde vais? Qual o seu cheiro?
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
SERMÃO SOBRE A EPÍSTOLA DE JUDAS (Solon Belo)
SERMÃO SOBRE A EPÍSTOLA DE JUDAS
Judas 1:3-4
“Amados, quando empregava toda diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformaram em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano Senhor, Jesus Cristo”.
Introdução:
1. Considerações a respeito da fé,
2. Início do Cristianismo
3. Igreja confrontada
4. Primeiros passos do Cristianismo - Responder sempre sobre seu chamado.
5. Maravilhosa porta de Deus para salvar a humanidade.
6. O líder é o primeiro a ser chamado.
1. Defender a fé significa priorizar decisões em defesa das causas urgentes do reino. Vejamos o que o texto nos diz:
“Amados, quando empregava toda diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco” 1:3
1. Escritor dando satisfação aos leitores
2. Trabalhava em algo mais profundo para aquela comunidade
3. Algo mexia com a tranqüilidade daquela comunidade
4. O escritor interrompe sua escrita, pois algo ruim estava acontecendo no seio da igreja
5. O apóstolo sai em defesa da fé
2. Defender a fé significa uma batalha contra infiltrações de ensinamentos ímpios e dissimuladores. Perceba o que o texto nos mostra:
“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios” 1:4ª
1. Indivíduos dissimuladores, ímpios
2. Com aparência de ovelha
3. Ensinamentos ímpios, fora da palavra
4. Difamam as autoridades e rejeitam o governo.
5. Como esses homens conseguiram se infiltrar na igreja?
6. Eles tinham aparência de ovelha.
3. Defender a fé significa reconhecer em Jesus Cristo suficiência e unicidade.
O texto nos diz:
“transformaram em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano Senhor, Jesus Cristo” 1:4b
1. Esses homens não valorizaram a graça de Cristo
2. Havia negação aos ensinos de Jesus
3. Reconhecer a suficiência de Cristo é entender que sua morte na cruz, paga todo o preço cobrado pelo pecado para nos libertar
4. Sua unicidade nos diz que só ele poderia satisfazer as exigências da morte para nos trazer ressurreição e vida eterna
CONCLUSÃO
No tempo presente ainda encontramos resquícios dessas doutrinas maléficas ao evangelho de Cristo, o servo de Jesus, Judas qualifica tais pessoas como homens ímpios, dissimuladores, enganadores. Gostaria de desafiar você a estar em posição de combate, isto é, sempre pronto para entrar em ação em defesa da fé. As nossas armas são poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Uma dessas armas e eu gostaria de mencionar apenas uma, a principal.
AS ESCRITURAS SAGRADAS e o seu conhecimento. Meditar nela de dia e de noite para fazer conforme está escrito.
Que Deus nos abençoe.
Vamos orar nesse instante.
Judas 1:3-4
“Amados, quando empregava toda diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformaram em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano Senhor, Jesus Cristo”.
Introdução:
1. Considerações a respeito da fé,
2. Início do Cristianismo
3. Igreja confrontada
4. Primeiros passos do Cristianismo - Responder sempre sobre seu chamado.
5. Maravilhosa porta de Deus para salvar a humanidade.
6. O líder é o primeiro a ser chamado.
1. Defender a fé significa priorizar decisões em defesa das causas urgentes do reino. Vejamos o que o texto nos diz:
“Amados, quando empregava toda diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco” 1:3
1. Escritor dando satisfação aos leitores
2. Trabalhava em algo mais profundo para aquela comunidade
3. Algo mexia com a tranqüilidade daquela comunidade
4. O escritor interrompe sua escrita, pois algo ruim estava acontecendo no seio da igreja
5. O apóstolo sai em defesa da fé
2. Defender a fé significa uma batalha contra infiltrações de ensinamentos ímpios e dissimuladores. Perceba o que o texto nos mostra:
“Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios” 1:4ª
1. Indivíduos dissimuladores, ímpios
2. Com aparência de ovelha
3. Ensinamentos ímpios, fora da palavra
4. Difamam as autoridades e rejeitam o governo.
5. Como esses homens conseguiram se infiltrar na igreja?
6. Eles tinham aparência de ovelha.
3. Defender a fé significa reconhecer em Jesus Cristo suficiência e unicidade.
O texto nos diz:
“transformaram em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano Senhor, Jesus Cristo” 1:4b
1. Esses homens não valorizaram a graça de Cristo
2. Havia negação aos ensinos de Jesus
3. Reconhecer a suficiência de Cristo é entender que sua morte na cruz, paga todo o preço cobrado pelo pecado para nos libertar
4. Sua unicidade nos diz que só ele poderia satisfazer as exigências da morte para nos trazer ressurreição e vida eterna
CONCLUSÃO
No tempo presente ainda encontramos resquícios dessas doutrinas maléficas ao evangelho de Cristo, o servo de Jesus, Judas qualifica tais pessoas como homens ímpios, dissimuladores, enganadores. Gostaria de desafiar você a estar em posição de combate, isto é, sempre pronto para entrar em ação em defesa da fé. As nossas armas são poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Uma dessas armas e eu gostaria de mencionar apenas uma, a principal.
AS ESCRITURAS SAGRADAS e o seu conhecimento. Meditar nela de dia e de noite para fazer conforme está escrito.
Que Deus nos abençoe.
Vamos orar nesse instante.
CONTROVÉRSIAS CRISTOLÓGICAS ( Solon Belo)
INTRODUÇÃO
A questão mais central da fé cristã é aquela que diz respeito ao próprio Jesus Cristo. Desde cedo, os cristãos se puseram a refletir intensamente sobre a pessoa e a identidade do Salvador, motivados, inclusive, por considerações apologéticas e missionárias. Era crucial que eles tivessem bastante clareza sobre aquele que havia se tornado o principal ponto de referência de suas vidas. Partindo dos dados bíblicos, especialmente a descrição que João faz de Cristo como o Logos ou Verbo (Jo 1.1, 14; 1 Jo 1.1; Ap 19.13), houve o florescimento de uma grande diversidade de concepções, muitas das quais foram consideradas pela Igreja como insatisfatórias ou simplesmente errôneas.
Acredito que todas essas controvérsias, apesar de alguns momentos serem acirradas ou levantadas por homens sem credibilidade para fazê-las, tiveram um papel fundamental na vida do cristianismo, e de certa maneira fortaleceram os dogmas, mexeram com a vida social e cultural daqueles povos. Por lado, também serviu de palco para que diversas idéias fossem apresentadas e discutidas, trazendo à tona a efervescência dos sentimentos das bases do cristianismo.
Arianismo - Quarto Século
• Jesus era menos Deus
• Jesus era mais Homem
• Fundador: Ario (250-336 AD)
• Origem em Alexandria, Egito
• Condenada pelo Primeiro Concílio de Nicéia – 325 AD
• Condenada pelo Concílio de Constatinopla – 381 AD
Os Arianos (Ário, condenado em Nicéia em 325 d.C.) negaram a integridade da natureza divina em Cristo. Consideraram o logos que se uniu à humanidade de Jesus Cristo, não como possuidor de divindade absoluta, mas como o primeiro e o mais elevado dos seres criados. Esse ponto de vista originou-se da má interpretação dos relatos escriturísticos do estado de humilhação de Cristo e por confundir a subordinação temporária como desigualdade original e permanente.
ATANÁSIO E O CREDO DE NICÉIA
Atanásio se tornou bispo de Alexandria em 328 d.C. Em 335, pressões políticas tinham convencido o imperador Constantino a readmitir Ário para a comunhão da Igreja. Entretanto, de acordo com as resoluções sobre o governo eclesiástico definidas em Nicéia, somente o bispo de Alexandria poderia readmitir uma pessoa excomungada em sua jurisdição. Essa pessoa, no caso, era Atanásio, e ele se recusou a readmitir Ário. Como resultado, Constantino depôs Atanásio e o baniu de Alexandria. Constantino morreu dois anos depois, em 337.
Atanásio, o grande defensor da fé ortodoxa, passou os próximos anos de sua vida sendo repetidamente banido e readmitido por diferentes imperadores, de acordo com os ventos políticos de cada momento. Ele passou muitos anos escondido em desertos e cavernas do Egito. Atanásio produziu muitos documentos e tratados teológicos, mesmo sendo foragido, e defendeu a ortodoxia até o dia de sua morte em 373.
O novo bispo convocou um sínodo para a reversão da excomunhão e reinstalação de Ário como bispo. Na noite anterior à cerimônia, Ário morreu de causas naturais, o que muitos cristãos viram como sendo o julgamento de Deus sobre o herege.
Após vários imperadores terem sucedido Constantino, em 379 Teodósio, defensor da ortodoxia Nicena, tinha se tornado imperador e convocou outro sínodo na capital do império, em Constantinopla. O sínodo de Constantinopla em 381 expandiu e revisou o Credo de 325 e ratificou a doutrina Nicena, incluindo linguagem ainda mais precisa defendendo a ortodoxia.
O documento produzido é o Credo Niceno que usamos hoje; tecnicamente, o credo é chamado Niceno-Constantinopolitano:
"Cremos em um só Deus, Pai, Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem, e foi crucificado por nós sob Pôncio Pilatos, e padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. E na Igreja una, santa, católica e apostólica. Confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém".
Apolinarianismo - Quarto Século
• Jesus era pleno Deus
• Jesus era um homem incompleto [apenas parcialmente homem]
• Fundador : Apolinário (350 AD)
• Condenado pelo Concílio de Constantinopla em 381 AD
Os Apolinarianos (Apolinário, condenado em Constantinopla em 381 d.C.) negaram a integridade da natureza humana de Cristo. O apolinarianismo é uma tentativa de construir a doutrina da pessoa de Cristo nas formas do tricotomismo platônico.
O Apolinarismo
Em plena controvérsia ariana, o Bispo Apolinário de Laodicéia (Síria), 310-390, mostrava-se fervoroso defensor do Credo niceno contra os arianos, mas afirmava que em Cristo a natureza humana carecia de alma humana; tomava ao pé da letra as palavras de S. João 1,14: “O Lógos se fez carne”, entendendo carne no sentido estrito, com exclusão de alma. O Lógos de Deus faria as vezes de alma humana em Jesus, isto é, seria responsável pelas funções vitais da natureza humana assumida pelo Lógos.
Os argumentos em favor desta tese eram os seguintes: duas naturezas completas (Divindade e humanidade) não podem tornar-se um ser único; se Jesus as tivesse, Ele teria duas pessoas ou dois eu - o que seria monstruoso. Além disto, dizia, onde há um homem completo, há também o pecado; ora o pecado tem origem na vontade; por conseguinte, Jesus não podia ter vontade humana nem a alma espiritual, que é a sede da vontade.
Apolinário expôs suas idéias no livro “Encarnação do Verbo de Deus”, que ele apresentou ao Imperador Joviano e que os seus discípulos difundiram. - Foram condenadas num sínodo de Alexandria em 362; depois, pelo Papa S. Dâmaso em 377 e 382 e, especialmente, pelo Concílio de Constantinopla I (381). Verificando a oposição que lhe faziam bons teólogos, Apolinário limitou-se a negar a presença de mente (nous) humana em Jesus. S. Gregório de Nissa († 394) e outros autores lhe responderam mediante belo princípio: “O que não foi assumido pelo Verbo, não foi redimido” - o que quer dizer: Deus quer santificar e salvar a natureza humana pelo próprio mistério da Encarnação ou pela união da Divindade com a humanidade; se pois, a humanidade estava mutilada em Jesus, ela não foi inteiramente salva.
Nestorianismo - Quinto Século
• Fundador: Nestor, que foi o Bispo de Constantinopla em 428 AD
• Maria era somente a mãe do homem Jesus, mas não do Emanuel.
• Esta teoria iria dividir a pessoa de Cristo em duas, uma humana e outra divina.
• Heresia Condenada em 431 AD pelo Concílio de Éfeso.
Os Nestorianos (Nestorius, removido do patriarcado de Constantinopla em 431 d.C.) negavam a união real entre a natureza divina e humana de Cristo, tornando-a união moral e não orgânica. Recusaram-se, pois, a atribuir à unidade resultante dos atributos de cada natureza e considerar Cristo como um homem em íntima relação com Deus. Assim, virtualmente sustentaram duas naturezas e duas pessoas, em vez de duas naturezas em uma só pessoa.
São Cirilo de Alexandria (c. 375- 444) foi o Patriarca de Alexandria quando a cidade estava no topo de sua influência e poder dentro do Império Romano. Um dos Padres gregos, Cirilo escreveu extensivamente e foi o protagonista liderante nas controvérsias cristológicas do final do século IV e do século V. Foi uma figura central no Primeiro Concílio de Éfeso, em 431, que levou à deposição de Nestório da posição de Patriarca de Constantinopla. Cirilo é listado entre os Pais e os Doutores da Igreja, e sua reputação no mundo cristão resultou em seus títulos: Pilar da Fé e Selo de Todos os Pais. Entretanto, os bispos nestorianos no Concílio de Éfeso o declararam um herético, rotulando-o como um "monstro, nascido e criado para a destruição da Igreja".
Polêmica com Nestório e Concílio de Éfeso
Entre 427 e 428, Nestório, um monge nativo de Germanícia que vivia em Antioquia, foi elevado ao Patriarcado de Constantinopla. Seguindo a tradição da escola teológica síria, Nestório se opunha ao uso do termo Theotokos (em grego, mãe de Deus) para se referir à Virgem Maria. Cirilo, porém, defendia e incentivava o uso do termo, como consequente da natureza única de Cristo; assim, em 429, escreveu uma carta pascal apoiando o uso do título. Os patriarcas trocaram correspondências, em um tom relativamente moderado. Nestório, então, envia seus sermões ao Papa Celestino I, pedindo sua opinião, mas não obtém resposta. Posteriormente, Cirilo também escreve ao papa, solicitando que decrete sua opinião.
O papa decidiu a favor de Cirilo e delegou ao patriarca alexandrino a autoridade de cassar o episcopado de Nestório e impor um prazo de dez dias para que Nestório apresentasse penitência e arrependimento. Cirilo escreveu a Nestório uma carta, em um tom não conciliatório, exigindo que Nestório apresentasse arrependimento e penitência em dez dias. Além disso, acrescentou à carta doze anátemas que o patriarca bizantino deveria confirmar; esses anátemas, acrescentados pela própria conta de Cirilo, viriam a ser fonte de grande polêmica.
O imperador Teodósio e as igrejas do Leste resistiram ao veredito papal, de modo que Teodósio conclamou um concílio ecumênico para o ano 431, em Éfeso. Nestório chega à cidade logo após a Páscoa; Cirilo, acompanhado de uma grande comitiva, chega por volta do Pentecostes. Cirilo aliou-se a Menon, bispo de Éfeso, e Nestório encontra todas as igrejas fechadas, além da oposição dos efésios.
Enquanto isso, João de Antioquia atrasara, assim como os enviados do papa, que determinariam se Nestório poderia ou não participar no Concílio. Cirilo temia que João atuasse em favor de Nestório e que estivesse tentando ganhar tempo para seu adversário. Assim, no dia 22 de junho, antes da chegada dos emissários papais e dos bispos do Leste, Cirilo abriu o concílio, na posição de presidente e representante papal (embora não tivesse sido comissionado para tal representação ante o conselho), a despeito do pedido de sessenta e oito bispos e de Candidiano, o representante imperial, para que aguardasse. Esses bispos e o representante do Imperador acabaram excluídos do concílio. Cirilo também mandou quatro bispos convocarem Nestório, para que ele se explicasse, mas o patriarca de Constantinopla não os recebeu.
Sem a participação dos sessenta e oito bispos, dos bispos do leste que ainda não chegaram, de Nestório e de Candidiano, o Concílio foi unânime: as cartas de Cirilo foram declaradas compatíveis com o Credo Niceno e a doutrina dos Pais da Igreja. Houve uma condenação unânime, sem discussão e uniforme até mesmo no estilo, a Nestório, que deveria ser deposto e excomungado. Entretanto, em 26 ou 27 de junho, João e sua comitiva de bispos chegaram a Éfeso. Depois de se reunirem com Candidiano, João e os demais bispos do Leste declararam outro concílio, que condenaria Cirilo e Mênon por apolinarianismo e eunomeanismo através de outros doze anátemas. Em resposta, Cirilo e Mênon declaram a deposição de João de Antioquia.
Enquanto isso, o caos toma Éfeso. Mênon fecha as igrejas aos bispos orientais e guarnece a catedral da cidade; Candidiano tenta tomá-la, com as tropas do Imperador, mas fracassa. O conflito entre os partidários de Cirilo e de Nestório chega às raias da violência física. Teodósio buscava o acordo entre as partes, fosse por argumentação ou por intimidação; concedeu amplos poderes a seus representantes efésios e chegou a promover um concílio alternativo, nos arredores de Éfeso, com alguns representantes de cada facção. Entretanto, os orientais não cediam aos argumentos, e os católicos, em maior número e com apoio papal, rejeitavam a reconciliação. Após três tumultuados meses, Teodósio dissolve o concílio e ameaça destituir Cirilo, João e Mênon. Depois de algum tempo sob custódia, Cirilo e João retornam a suas dioceses; o imperador adota a posição de Cirilo, e Nestório é deposto e exilado, primeiro em Antioquia, depois em Petra e posteriormente no Grande Oásis do Egito.
Em 432, morre o papa Celestino I; seu sucessor, Sixto III, corrobora o resultado do concílio presidido por Cirilo. Sixto tenta convencer João a entrar em acordo com o patriarca alexandrino; o patriarca de Antioquia resiste, mas acaba se reconciliando com Cirilo. Após o concílio, Cirilo escreveu ainda vários tratados, cartas e sermões. Foi patriarca alexandrino até a sua morte, em 9 ou 27 de junho 444; seu patriarcado se estendeu por trinta e dois anos.
Eutiquianos
Os Eutiquianos (condenados em Calcedônia em 451 d.C.) negaram a distinção e coexistência de duas naturezas e afirmaram uma mistura de ambas em uma que constitui uma terceira natureza. Desde que, neste caso, o divino deve sobrepujar o humano, segue-se que o humano foi, na verdade, absorvido ou transformado na natureza divina, embora o divino não fosse a todos os respeitos o mesmo, após a união, como fora antes. Daí, os Eutiquianos terem sido muitas vezes chamados monofisistas, porque virtualmente reduziram duas naturezas em uma.
Leão I Papa. É o seu pontificado significativo por ter nele sido descrita a asserção do episcopado universal do Bispo de Roma (o Papa), apoiando-se nos versículos do Evangelho segundo São Mateus 16:16-19. Leão I proclamou, então, que o pontífice era a autoridade suprema da Igreja no mundo, alegando ser o herdeiro de Pedro. Neste momento, o papado estava extremamente atrelado à política, já que os bispos de Roma precisavam da aprovação do imperador para a sagração... A partir de seu pontificado, os papas passaram a se considerar sucessores de Pedro. Desta maneira, poderiam exercer sua autoridade não só sobre os fiéis, mas também sobre todos os outros bispos. Ao controlar os bispos da Itália, Leão I impôs a uniformidade da prática pastoral, corrigiu abusos, resolveu disputas e concordou que ele deveria parar de interferir na nomeação de bispos de outras dioceses, alegando que ele poderiam ser eleitos pelo clero, pelos principais leigos locais e ter a eleição ratificada pelo povo. Igualmente fica marcado pela defesa do conceito teológico fundamental de que Jesus Cristo teve duas naturezas distintas, a humana e a divina.
Pelagianismo - Quinto Século
• Fundador: Pelágio, um Monge Irlandês.
• Os seres humanos não recebem o pecado original de Adão.
• Nós nos tornamos pecadores apenas quando nos unimos a uma sociedade pecadora. Aprendemos a pecar pelos maus exemplos que vemos.
• Negava que pudéssemos receber a Justiça de Deus através do Sacrifício de Jesus no Calvário.
• Tornamos-nos justos apenas seguindo o exemplo de Cristo e recebendo a instrução religiosa correta.
Pelagianismo
A doutrina de Pelágio alcançou grande repercussão em sua época e conseguiu um elevado número de adeptos. Isso, provavelmente, em virtude da importância que era dado, no Pelagianismo, à vontade humana: nos locais onde sobrevivia o estoicismo (que estimulava a energia humana) e Pelagianismo foi bem acolhido.
Necessário se faz lembrar que o Pelagianismo, na época de então, era uma proposta contrária, uma forte reação contra os gnósticos-maniqueus. Pois, em conformidade com a sua tese, Pelágio não atribuía a salvação no Espírito Santo. A tese de Pelágio é o oposto: o homem não deve atribuir a salvação no Espírito Santo.
Acrescente-se a esta motivação o fato de que Pelágio gozava de elevada reputação em alguns círculos da alta classe romana convertida ao cristianismo, pela integridade e autenticidade do seu comportamento. Seu ascetismo, a vivência de exigências morais aliados a um grande talento de atrair as pessoas foram decisivas para a difusão de sua doutrina.
Os 3 (três) principais expoentes do Pelagianismo são: Pelágio, Celéstio e Juliano de Eclano. Pelágio é considerado o pai da doutrina – causa da origem do nome Pelagianismo, Juliano de Eclano, bispo de Apulia (Itália), era filho do bispo Ménor, casado com a filha do bispo de Benevento Juliano é considerado o arquiteto do sistema pelagiano.
CONCLUSÃO
Durante toda a história do cristianismo a igreja sempre teve que dar respostas rápidas e eficazes para que heresias ou rumos indevidos fossem corrigidos a tempo, ou antes, que danos maiores fossem causados ao reino de Deus. Não obstante devemos reconhecer que durante todo esse tempo da igreja, sempre houve uma aproximação maléfica de governos, que se achegaram a ela, não para aprender com ela aquilo que tinha de bom ou divino, mas sim para servir de massa de manobra e controlá-la a partir de medos políticos. É bom também salientar, por outro lado, que líderes religiosos sempre tiveram uma fascinação muito grande por poder político, e esse é sempre um relacionamento que historicamente faz muito mais mal do que bem.
A questão mais central da fé cristã é aquela que diz respeito ao próprio Jesus Cristo. Desde cedo, os cristãos se puseram a refletir intensamente sobre a pessoa e a identidade do Salvador, motivados, inclusive, por considerações apologéticas e missionárias. Era crucial que eles tivessem bastante clareza sobre aquele que havia se tornado o principal ponto de referência de suas vidas. Partindo dos dados bíblicos, especialmente a descrição que João faz de Cristo como o Logos ou Verbo (Jo 1.1, 14; 1 Jo 1.1; Ap 19.13), houve o florescimento de uma grande diversidade de concepções, muitas das quais foram consideradas pela Igreja como insatisfatórias ou simplesmente errôneas.
Acredito que todas essas controvérsias, apesar de alguns momentos serem acirradas ou levantadas por homens sem credibilidade para fazê-las, tiveram um papel fundamental na vida do cristianismo, e de certa maneira fortaleceram os dogmas, mexeram com a vida social e cultural daqueles povos. Por lado, também serviu de palco para que diversas idéias fossem apresentadas e discutidas, trazendo à tona a efervescência dos sentimentos das bases do cristianismo.
Arianismo - Quarto Século
• Jesus era menos Deus
• Jesus era mais Homem
• Fundador: Ario (250-336 AD)
• Origem em Alexandria, Egito
• Condenada pelo Primeiro Concílio de Nicéia – 325 AD
• Condenada pelo Concílio de Constatinopla – 381 AD
Os Arianos (Ário, condenado em Nicéia em 325 d.C.) negaram a integridade da natureza divina em Cristo. Consideraram o logos que se uniu à humanidade de Jesus Cristo, não como possuidor de divindade absoluta, mas como o primeiro e o mais elevado dos seres criados. Esse ponto de vista originou-se da má interpretação dos relatos escriturísticos do estado de humilhação de Cristo e por confundir a subordinação temporária como desigualdade original e permanente.
ATANÁSIO E O CREDO DE NICÉIA
Atanásio se tornou bispo de Alexandria em 328 d.C. Em 335, pressões políticas tinham convencido o imperador Constantino a readmitir Ário para a comunhão da Igreja. Entretanto, de acordo com as resoluções sobre o governo eclesiástico definidas em Nicéia, somente o bispo de Alexandria poderia readmitir uma pessoa excomungada em sua jurisdição. Essa pessoa, no caso, era Atanásio, e ele se recusou a readmitir Ário. Como resultado, Constantino depôs Atanásio e o baniu de Alexandria. Constantino morreu dois anos depois, em 337.
Atanásio, o grande defensor da fé ortodoxa, passou os próximos anos de sua vida sendo repetidamente banido e readmitido por diferentes imperadores, de acordo com os ventos políticos de cada momento. Ele passou muitos anos escondido em desertos e cavernas do Egito. Atanásio produziu muitos documentos e tratados teológicos, mesmo sendo foragido, e defendeu a ortodoxia até o dia de sua morte em 373.
O novo bispo convocou um sínodo para a reversão da excomunhão e reinstalação de Ário como bispo. Na noite anterior à cerimônia, Ário morreu de causas naturais, o que muitos cristãos viram como sendo o julgamento de Deus sobre o herege.
Após vários imperadores terem sucedido Constantino, em 379 Teodósio, defensor da ortodoxia Nicena, tinha se tornado imperador e convocou outro sínodo na capital do império, em Constantinopla. O sínodo de Constantinopla em 381 expandiu e revisou o Credo de 325 e ratificou a doutrina Nicena, incluindo linguagem ainda mais precisa defendendo a ortodoxia.
O documento produzido é o Credo Niceno que usamos hoje; tecnicamente, o credo é chamado Niceno-Constantinopolitano:
"Cremos em um só Deus, Pai, Todo-Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem, e foi crucificado por nós sob Pôncio Pilatos, e padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. E na Igreja una, santa, católica e apostólica. Confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém".
Apolinarianismo - Quarto Século
• Jesus era pleno Deus
• Jesus era um homem incompleto [apenas parcialmente homem]
• Fundador : Apolinário (350 AD)
• Condenado pelo Concílio de Constantinopla em 381 AD
Os Apolinarianos (Apolinário, condenado em Constantinopla em 381 d.C.) negaram a integridade da natureza humana de Cristo. O apolinarianismo é uma tentativa de construir a doutrina da pessoa de Cristo nas formas do tricotomismo platônico.
O Apolinarismo
Em plena controvérsia ariana, o Bispo Apolinário de Laodicéia (Síria), 310-390, mostrava-se fervoroso defensor do Credo niceno contra os arianos, mas afirmava que em Cristo a natureza humana carecia de alma humana; tomava ao pé da letra as palavras de S. João 1,14: “O Lógos se fez carne”, entendendo carne no sentido estrito, com exclusão de alma. O Lógos de Deus faria as vezes de alma humana em Jesus, isto é, seria responsável pelas funções vitais da natureza humana assumida pelo Lógos.
Os argumentos em favor desta tese eram os seguintes: duas naturezas completas (Divindade e humanidade) não podem tornar-se um ser único; se Jesus as tivesse, Ele teria duas pessoas ou dois eu - o que seria monstruoso. Além disto, dizia, onde há um homem completo, há também o pecado; ora o pecado tem origem na vontade; por conseguinte, Jesus não podia ter vontade humana nem a alma espiritual, que é a sede da vontade.
Apolinário expôs suas idéias no livro “Encarnação do Verbo de Deus”, que ele apresentou ao Imperador Joviano e que os seus discípulos difundiram. - Foram condenadas num sínodo de Alexandria em 362; depois, pelo Papa S. Dâmaso em 377 e 382 e, especialmente, pelo Concílio de Constantinopla I (381). Verificando a oposição que lhe faziam bons teólogos, Apolinário limitou-se a negar a presença de mente (nous) humana em Jesus. S. Gregório de Nissa († 394) e outros autores lhe responderam mediante belo princípio: “O que não foi assumido pelo Verbo, não foi redimido” - o que quer dizer: Deus quer santificar e salvar a natureza humana pelo próprio mistério da Encarnação ou pela união da Divindade com a humanidade; se pois, a humanidade estava mutilada em Jesus, ela não foi inteiramente salva.
Nestorianismo - Quinto Século
• Fundador: Nestor, que foi o Bispo de Constantinopla em 428 AD
• Maria era somente a mãe do homem Jesus, mas não do Emanuel.
• Esta teoria iria dividir a pessoa de Cristo em duas, uma humana e outra divina.
• Heresia Condenada em 431 AD pelo Concílio de Éfeso.
Os Nestorianos (Nestorius, removido do patriarcado de Constantinopla em 431 d.C.) negavam a união real entre a natureza divina e humana de Cristo, tornando-a união moral e não orgânica. Recusaram-se, pois, a atribuir à unidade resultante dos atributos de cada natureza e considerar Cristo como um homem em íntima relação com Deus. Assim, virtualmente sustentaram duas naturezas e duas pessoas, em vez de duas naturezas em uma só pessoa.
São Cirilo de Alexandria (c. 375- 444) foi o Patriarca de Alexandria quando a cidade estava no topo de sua influência e poder dentro do Império Romano. Um dos Padres gregos, Cirilo escreveu extensivamente e foi o protagonista liderante nas controvérsias cristológicas do final do século IV e do século V. Foi uma figura central no Primeiro Concílio de Éfeso, em 431, que levou à deposição de Nestório da posição de Patriarca de Constantinopla. Cirilo é listado entre os Pais e os Doutores da Igreja, e sua reputação no mundo cristão resultou em seus títulos: Pilar da Fé e Selo de Todos os Pais. Entretanto, os bispos nestorianos no Concílio de Éfeso o declararam um herético, rotulando-o como um "monstro, nascido e criado para a destruição da Igreja".
Polêmica com Nestório e Concílio de Éfeso
Entre 427 e 428, Nestório, um monge nativo de Germanícia que vivia em Antioquia, foi elevado ao Patriarcado de Constantinopla. Seguindo a tradição da escola teológica síria, Nestório se opunha ao uso do termo Theotokos (em grego, mãe de Deus) para se referir à Virgem Maria. Cirilo, porém, defendia e incentivava o uso do termo, como consequente da natureza única de Cristo; assim, em 429, escreveu uma carta pascal apoiando o uso do título. Os patriarcas trocaram correspondências, em um tom relativamente moderado. Nestório, então, envia seus sermões ao Papa Celestino I, pedindo sua opinião, mas não obtém resposta. Posteriormente, Cirilo também escreve ao papa, solicitando que decrete sua opinião.
O papa decidiu a favor de Cirilo e delegou ao patriarca alexandrino a autoridade de cassar o episcopado de Nestório e impor um prazo de dez dias para que Nestório apresentasse penitência e arrependimento. Cirilo escreveu a Nestório uma carta, em um tom não conciliatório, exigindo que Nestório apresentasse arrependimento e penitência em dez dias. Além disso, acrescentou à carta doze anátemas que o patriarca bizantino deveria confirmar; esses anátemas, acrescentados pela própria conta de Cirilo, viriam a ser fonte de grande polêmica.
O imperador Teodósio e as igrejas do Leste resistiram ao veredito papal, de modo que Teodósio conclamou um concílio ecumênico para o ano 431, em Éfeso. Nestório chega à cidade logo após a Páscoa; Cirilo, acompanhado de uma grande comitiva, chega por volta do Pentecostes. Cirilo aliou-se a Menon, bispo de Éfeso, e Nestório encontra todas as igrejas fechadas, além da oposição dos efésios.
Enquanto isso, João de Antioquia atrasara, assim como os enviados do papa, que determinariam se Nestório poderia ou não participar no Concílio. Cirilo temia que João atuasse em favor de Nestório e que estivesse tentando ganhar tempo para seu adversário. Assim, no dia 22 de junho, antes da chegada dos emissários papais e dos bispos do Leste, Cirilo abriu o concílio, na posição de presidente e representante papal (embora não tivesse sido comissionado para tal representação ante o conselho), a despeito do pedido de sessenta e oito bispos e de Candidiano, o representante imperial, para que aguardasse. Esses bispos e o representante do Imperador acabaram excluídos do concílio. Cirilo também mandou quatro bispos convocarem Nestório, para que ele se explicasse, mas o patriarca de Constantinopla não os recebeu.
Sem a participação dos sessenta e oito bispos, dos bispos do leste que ainda não chegaram, de Nestório e de Candidiano, o Concílio foi unânime: as cartas de Cirilo foram declaradas compatíveis com o Credo Niceno e a doutrina dos Pais da Igreja. Houve uma condenação unânime, sem discussão e uniforme até mesmo no estilo, a Nestório, que deveria ser deposto e excomungado. Entretanto, em 26 ou 27 de junho, João e sua comitiva de bispos chegaram a Éfeso. Depois de se reunirem com Candidiano, João e os demais bispos do Leste declararam outro concílio, que condenaria Cirilo e Mênon por apolinarianismo e eunomeanismo através de outros doze anátemas. Em resposta, Cirilo e Mênon declaram a deposição de João de Antioquia.
Enquanto isso, o caos toma Éfeso. Mênon fecha as igrejas aos bispos orientais e guarnece a catedral da cidade; Candidiano tenta tomá-la, com as tropas do Imperador, mas fracassa. O conflito entre os partidários de Cirilo e de Nestório chega às raias da violência física. Teodósio buscava o acordo entre as partes, fosse por argumentação ou por intimidação; concedeu amplos poderes a seus representantes efésios e chegou a promover um concílio alternativo, nos arredores de Éfeso, com alguns representantes de cada facção. Entretanto, os orientais não cediam aos argumentos, e os católicos, em maior número e com apoio papal, rejeitavam a reconciliação. Após três tumultuados meses, Teodósio dissolve o concílio e ameaça destituir Cirilo, João e Mênon. Depois de algum tempo sob custódia, Cirilo e João retornam a suas dioceses; o imperador adota a posição de Cirilo, e Nestório é deposto e exilado, primeiro em Antioquia, depois em Petra e posteriormente no Grande Oásis do Egito.
Em 432, morre o papa Celestino I; seu sucessor, Sixto III, corrobora o resultado do concílio presidido por Cirilo. Sixto tenta convencer João a entrar em acordo com o patriarca alexandrino; o patriarca de Antioquia resiste, mas acaba se reconciliando com Cirilo. Após o concílio, Cirilo escreveu ainda vários tratados, cartas e sermões. Foi patriarca alexandrino até a sua morte, em 9 ou 27 de junho 444; seu patriarcado se estendeu por trinta e dois anos.
Eutiquianos
Os Eutiquianos (condenados em Calcedônia em 451 d.C.) negaram a distinção e coexistência de duas naturezas e afirmaram uma mistura de ambas em uma que constitui uma terceira natureza. Desde que, neste caso, o divino deve sobrepujar o humano, segue-se que o humano foi, na verdade, absorvido ou transformado na natureza divina, embora o divino não fosse a todos os respeitos o mesmo, após a união, como fora antes. Daí, os Eutiquianos terem sido muitas vezes chamados monofisistas, porque virtualmente reduziram duas naturezas em uma.
Leão I Papa. É o seu pontificado significativo por ter nele sido descrita a asserção do episcopado universal do Bispo de Roma (o Papa), apoiando-se nos versículos do Evangelho segundo São Mateus 16:16-19. Leão I proclamou, então, que o pontífice era a autoridade suprema da Igreja no mundo, alegando ser o herdeiro de Pedro. Neste momento, o papado estava extremamente atrelado à política, já que os bispos de Roma precisavam da aprovação do imperador para a sagração... A partir de seu pontificado, os papas passaram a se considerar sucessores de Pedro. Desta maneira, poderiam exercer sua autoridade não só sobre os fiéis, mas também sobre todos os outros bispos. Ao controlar os bispos da Itália, Leão I impôs a uniformidade da prática pastoral, corrigiu abusos, resolveu disputas e concordou que ele deveria parar de interferir na nomeação de bispos de outras dioceses, alegando que ele poderiam ser eleitos pelo clero, pelos principais leigos locais e ter a eleição ratificada pelo povo. Igualmente fica marcado pela defesa do conceito teológico fundamental de que Jesus Cristo teve duas naturezas distintas, a humana e a divina.
Pelagianismo - Quinto Século
• Fundador: Pelágio, um Monge Irlandês.
• Os seres humanos não recebem o pecado original de Adão.
• Nós nos tornamos pecadores apenas quando nos unimos a uma sociedade pecadora. Aprendemos a pecar pelos maus exemplos que vemos.
• Negava que pudéssemos receber a Justiça de Deus através do Sacrifício de Jesus no Calvário.
• Tornamos-nos justos apenas seguindo o exemplo de Cristo e recebendo a instrução religiosa correta.
Pelagianismo
A doutrina de Pelágio alcançou grande repercussão em sua época e conseguiu um elevado número de adeptos. Isso, provavelmente, em virtude da importância que era dado, no Pelagianismo, à vontade humana: nos locais onde sobrevivia o estoicismo (que estimulava a energia humana) e Pelagianismo foi bem acolhido.
Necessário se faz lembrar que o Pelagianismo, na época de então, era uma proposta contrária, uma forte reação contra os gnósticos-maniqueus. Pois, em conformidade com a sua tese, Pelágio não atribuía a salvação no Espírito Santo. A tese de Pelágio é o oposto: o homem não deve atribuir a salvação no Espírito Santo.
Acrescente-se a esta motivação o fato de que Pelágio gozava de elevada reputação em alguns círculos da alta classe romana convertida ao cristianismo, pela integridade e autenticidade do seu comportamento. Seu ascetismo, a vivência de exigências morais aliados a um grande talento de atrair as pessoas foram decisivas para a difusão de sua doutrina.
Os 3 (três) principais expoentes do Pelagianismo são: Pelágio, Celéstio e Juliano de Eclano. Pelágio é considerado o pai da doutrina – causa da origem do nome Pelagianismo, Juliano de Eclano, bispo de Apulia (Itália), era filho do bispo Ménor, casado com a filha do bispo de Benevento Juliano é considerado o arquiteto do sistema pelagiano.
CONCLUSÃO
Durante toda a história do cristianismo a igreja sempre teve que dar respostas rápidas e eficazes para que heresias ou rumos indevidos fossem corrigidos a tempo, ou antes, que danos maiores fossem causados ao reino de Deus. Não obstante devemos reconhecer que durante todo esse tempo da igreja, sempre houve uma aproximação maléfica de governos, que se achegaram a ela, não para aprender com ela aquilo que tinha de bom ou divino, mas sim para servir de massa de manobra e controlá-la a partir de medos políticos. É bom também salientar, por outro lado, que líderes religiosos sempre tiveram uma fascinação muito grande por poder político, e esse é sempre um relacionamento que historicamente faz muito mais mal do que bem.
RESENHA DO LIVRO "DEUS NO ESPELHO DAS PALAVRAS" (Solon Belo)
RESENHA LIVRO
“DEUS NO ESPELHO DAS PALAVRAS”
O autor
Antônio Carlos de Melo Magalhães, um dos mais respeitados teólogos protestantes do Brasil, fez seus estudos teológico no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, doutor em Teologia pela Faculdade de Teologia Evangélica da Universidade de Hamburg, Alemanha, diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, Professor Doutor da Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, na Pós-graduação em Literatura e Interculturalidade e no departamento de Filosofia e Ciências Sociais. magalhães.uepb@gmail.com
A Obra
O autor, partindo da relação intrínseca entre fé cristã e literatura, estabelece o diálogo entre teologia e narrativa literária como algo fundamental para a compreensão e o desenvolvimento do próprio cristianismo. E isto se dá não apenas pelo fato de que este seja considerado uma religião do livro (Bíblia), mas antes pelo alcance que seus escritos, contos, narrativas, poesias etc. tiveram sobre a produção literária ocidental e como esta se tornou intérprete de elementos essenciais da fé cristã.
A Estrutura
O livro “Deus no Espelho das Palavras” foi escrito em oito capítulos, cada capítulos com diversas sub-divisões, tendo o foco narrativo voltado para a questão da teologia e literatura em 257 páginas.
Introdução
Durante todo o processo da introdução do livro o autor estabeleceu sempre uma explanação entre os textos teológicos bíblicos como literatura e como isso se disseminou na cultura ocidental. Mostrou relações do cristianismo com judaísmo e islamismo. Falou de maneira crítica sobre o êxodo hebreu, mostrando que a libertação do povo através da instrumentalidade de Moisés, implicou na perda de terras por parte do povo caananita. Da maneira como o tema do êxodo hebreu foi levantado pelo autor de “Deus no Espelho das Palavras” nos acorda para o fato de que o povo que ora estava em cativeiro é trazido para uma terra a qual, por sua vez, já tinha dono, deixando-nos uma percepção de perda.
A influência da igreja na arte sempre foi vista com certa desconfiança por parte dos artistas de literatura, devido à capacidade estética e ética da igreja ao longo da história no ocidente. Isso já traçava um roteiro de certa dificuldade da teologia como literatura. Para ratificar essa afirmação, o autor traz a citação de Marx: “ a presença da igreja nos relacionamentos é sinal de putrescência”, tal era a influência que a religião tinha nas artes e de como ela começava a ser rejeitadas pelos artistas. O autor faz uma amostragem do comportamento da religião nos grandes movimentos históricos das artes, como: iluminismo, romantismo. O autor estabelece em sua escritura sempre uma interação entre a religião e as artes em todos os movimentos históricos das artes no continente europeu, ora escravizando, ora libertando, ou melhor dizendo, dando sentido. Diz que a influência da religião nas artes, era uma influência nociva, como afirmavam muitos intelectuais da época. Traz alguns exemplos práticos desses vários conflitos ocorridos entre a religião e arte. Analisa o episódio acontecido em 1943 no aniversário de Alfred Doblin, quando o escritor fez referência a influência exercida da igreja em sua obra, muitas pessoas deixaram imediatamente o local do evento como protesto a colocação de Doblin. Diversos cuidados devem ser tomado, segundo o autor, para que não haja transferência de problemas de interpretação do contexto europeu para a nossa realidade latina.
Enquanto os intelectuais europeus vêem uma influência danosa da religião nas artes, a ponto de rejeitá-la, os americanos vêem a bíblia como o berço do pensamento ocidental, se por um lado, a crítica da escola européia se concentra mais no uso que as igrejas fizeram e fazem do material narrativo bíblico e no tipo de religião construído nas bases da ortodoxia, por outro, os dois norte-americanos (Harold Bloom e Jack Miles) se preocupam muito mais em constatar nas origens das narrativas bíblica uma herança literária ímpar na história do ocidente.
O autor faz uma viagem ao início do cristianismo para nos falar da crítica feita pela teologia a arte e a poesia, mais precisamente com os teólogos Tertuliano, Jerônimo e Agostinho, que usavam a filosofia como interlocutora para o fazer teológico.
Na comparação entre arte e fé, o autor faz um pequeno trocadilho para nos facilitar e explicar esse conceito: “se para uma tese apresentada Deus é um péssimo principio literário, para antítese, a arte é um péssimo principio de fé”
Menção importante é dada ao livro “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freire, dizendo que o livro em parte é uma sociologia da religião, e que Freire lançou mão de diversos recursos da literatura, para fundamentar suas teses. Magalhães diz que ainda não temos criado um diálogo entre literatura e teologia em nosso continente. Vejamos a citação do escritor Pedro Trigo: em primeiro lugar, a igreja está realmente fora do processo de transformação social, em segundo lugar, deve-se ao caráter liberal e positivista dos autores. O autor faz referencia a obra de Trigo dizendo que a imagem de Deus estaria associada ao patrão branco, e isso traria muitas dificuldades para um melhor entendimento entre a população das questões teológicas.
Ver os textos bíblicos como obra literária ao longo da história tem sido uma dificuldade muito grande por parte dos exegetas, que muitas vezes estão tão presos as questões teológicas que não conseguem enxergar ou não percebem nas passagens bíblicas, textos como uma de literatura. Magalhães em toda a sua escritura nesse livro demonstra o tempo inteiro a importância de se ler a bíblia tendo essa percepção.
O autor faz citação de diversos escritores que trouxeram em seus escritos ou em sua obra marcas importantes dos textos das sagradas escrituras, como na obra de Milton, onde é demonstrado que o mesmo usou de diversos símbolos e personagem bíblicos no seu escrito, ficando assim percebido a influência da literatura bíblica na vida deste autor.
A bíblia como obra literária: hermenêutica literária dos textos bíblicos em diálogo com a teologia, o autor cita algumas teses em comum em escritores que usaram a literatura bíblica em suas teorias: 1- A bíblia é interpretada como obra literária, o que implica em lê-la a partir das teorias literárias apropriadas, levando em conta tramas, personagens, estética, densidade narrativa. 2- A bíblia é lida em sua pluralidade de narrativas mas a partir de certa continuidade que existe nas biografias de seus personagens. 3- A bíblia é considerada obra basilar da literatura ocidental, emprestando-lhe temas, técnicas, personagens fortes, tramas sucintas mas cheia de suspense e criatividade.
O autor nos informa que em muitos países do mundo a bíblia nunca foi vista como obra literária e que no Brasil também sempre foi assim encarada. Na verdade muitos autores apresentam divergências na interpretação da bíblia como literatura. Enquanto uns louva a javista como gênio literário, outros não estão preocupados com a visão parcial do texto.
Sobre a questão teopoética Magalhães nos traz a citação de Rubem Alves: “a poética não é somente um objeto material a ser estudado pela teologia, mas o melhor meio de resgatar verdades essenciais da fé cristã e as formas como apresentá-las”.
Em fim, o autor traz sempre a figura do êxodo como um paradigma muito forte fundante da tradição judaico-cristã, devido a isso, jamais a teologia poderá ser acusada de cuidar apenas dos limites eclesiásticos. Os limites da igreja e da teologia são os limites do mundo.
Magalhães fala de um método onde a Bíblia e a tradição se tornam interlocutoras do diálogo, mas deixam de ser “normativas únicas do saber teológico”. Propõe o seu método, que chama de “método da correspondência”. Neste, a teologia dialoga com a literatura numa relação de igualdade sem que se percam as suas respectivas especificidades.
Assim descreve seu método: a cada elemento considerado da revelação na Bíblia e na tradição teológica, podem ser associados um ou mais na literatura mundial. A cada narrativa considerada compreensão da fé, há que se associar outra na experiência das pessoas e nas interpretações literárias.
Para Magalhães “Deus tramita no espelho das palavras” e não apenas na Bíblia e na tradição. Sendo assim, a literatura pode oferecer uma autêntica leitura teológica da vida.
Da forma como foi escrita essa obra, isto é, numa linguagem bastante acadêmica a recomendo apenas para estudantes afins e teólogos, pois os seus textos são voltados para um entendimento dos textos bíblicos como literatura e uma abordagem de textos literários numa visão teológica.
Referência Bibliográfica
MAGALHÃES, Antonio, Deus no Espelho das Palavras; Teologia e Literatura em Diálogo, 2ª. Ed. São Paulo: Paulinas, 2009.257p.
“DEUS NO ESPELHO DAS PALAVRAS”
O autor
Antônio Carlos de Melo Magalhães, um dos mais respeitados teólogos protestantes do Brasil, fez seus estudos teológico no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, doutor em Teologia pela Faculdade de Teologia Evangélica da Universidade de Hamburg, Alemanha, diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, Professor Doutor da Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, na Pós-graduação em Literatura e Interculturalidade e no departamento de Filosofia e Ciências Sociais. magalhães.uepb@gmail.com
A Obra
O autor, partindo da relação intrínseca entre fé cristã e literatura, estabelece o diálogo entre teologia e narrativa literária como algo fundamental para a compreensão e o desenvolvimento do próprio cristianismo. E isto se dá não apenas pelo fato de que este seja considerado uma religião do livro (Bíblia), mas antes pelo alcance que seus escritos, contos, narrativas, poesias etc. tiveram sobre a produção literária ocidental e como esta se tornou intérprete de elementos essenciais da fé cristã.
A Estrutura
O livro “Deus no Espelho das Palavras” foi escrito em oito capítulos, cada capítulos com diversas sub-divisões, tendo o foco narrativo voltado para a questão da teologia e literatura em 257 páginas.
Introdução
Durante todo o processo da introdução do livro o autor estabeleceu sempre uma explanação entre os textos teológicos bíblicos como literatura e como isso se disseminou na cultura ocidental. Mostrou relações do cristianismo com judaísmo e islamismo. Falou de maneira crítica sobre o êxodo hebreu, mostrando que a libertação do povo através da instrumentalidade de Moisés, implicou na perda de terras por parte do povo caananita. Da maneira como o tema do êxodo hebreu foi levantado pelo autor de “Deus no Espelho das Palavras” nos acorda para o fato de que o povo que ora estava em cativeiro é trazido para uma terra a qual, por sua vez, já tinha dono, deixando-nos uma percepção de perda.
A influência da igreja na arte sempre foi vista com certa desconfiança por parte dos artistas de literatura, devido à capacidade estética e ética da igreja ao longo da história no ocidente. Isso já traçava um roteiro de certa dificuldade da teologia como literatura. Para ratificar essa afirmação, o autor traz a citação de Marx: “ a presença da igreja nos relacionamentos é sinal de putrescência”, tal era a influência que a religião tinha nas artes e de como ela começava a ser rejeitadas pelos artistas. O autor faz uma amostragem do comportamento da religião nos grandes movimentos históricos das artes, como: iluminismo, romantismo. O autor estabelece em sua escritura sempre uma interação entre a religião e as artes em todos os movimentos históricos das artes no continente europeu, ora escravizando, ora libertando, ou melhor dizendo, dando sentido. Diz que a influência da religião nas artes, era uma influência nociva, como afirmavam muitos intelectuais da época. Traz alguns exemplos práticos desses vários conflitos ocorridos entre a religião e arte. Analisa o episódio acontecido em 1943 no aniversário de Alfred Doblin, quando o escritor fez referência a influência exercida da igreja em sua obra, muitas pessoas deixaram imediatamente o local do evento como protesto a colocação de Doblin. Diversos cuidados devem ser tomado, segundo o autor, para que não haja transferência de problemas de interpretação do contexto europeu para a nossa realidade latina.
Enquanto os intelectuais europeus vêem uma influência danosa da religião nas artes, a ponto de rejeitá-la, os americanos vêem a bíblia como o berço do pensamento ocidental, se por um lado, a crítica da escola européia se concentra mais no uso que as igrejas fizeram e fazem do material narrativo bíblico e no tipo de religião construído nas bases da ortodoxia, por outro, os dois norte-americanos (Harold Bloom e Jack Miles) se preocupam muito mais em constatar nas origens das narrativas bíblica uma herança literária ímpar na história do ocidente.
O autor faz uma viagem ao início do cristianismo para nos falar da crítica feita pela teologia a arte e a poesia, mais precisamente com os teólogos Tertuliano, Jerônimo e Agostinho, que usavam a filosofia como interlocutora para o fazer teológico.
Na comparação entre arte e fé, o autor faz um pequeno trocadilho para nos facilitar e explicar esse conceito: “se para uma tese apresentada Deus é um péssimo principio literário, para antítese, a arte é um péssimo principio de fé”
Menção importante é dada ao livro “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freire, dizendo que o livro em parte é uma sociologia da religião, e que Freire lançou mão de diversos recursos da literatura, para fundamentar suas teses. Magalhães diz que ainda não temos criado um diálogo entre literatura e teologia em nosso continente. Vejamos a citação do escritor Pedro Trigo: em primeiro lugar, a igreja está realmente fora do processo de transformação social, em segundo lugar, deve-se ao caráter liberal e positivista dos autores. O autor faz referencia a obra de Trigo dizendo que a imagem de Deus estaria associada ao patrão branco, e isso traria muitas dificuldades para um melhor entendimento entre a população das questões teológicas.
Ver os textos bíblicos como obra literária ao longo da história tem sido uma dificuldade muito grande por parte dos exegetas, que muitas vezes estão tão presos as questões teológicas que não conseguem enxergar ou não percebem nas passagens bíblicas, textos como uma de literatura. Magalhães em toda a sua escritura nesse livro demonstra o tempo inteiro a importância de se ler a bíblia tendo essa percepção.
O autor faz citação de diversos escritores que trouxeram em seus escritos ou em sua obra marcas importantes dos textos das sagradas escrituras, como na obra de Milton, onde é demonstrado que o mesmo usou de diversos símbolos e personagem bíblicos no seu escrito, ficando assim percebido a influência da literatura bíblica na vida deste autor.
A bíblia como obra literária: hermenêutica literária dos textos bíblicos em diálogo com a teologia, o autor cita algumas teses em comum em escritores que usaram a literatura bíblica em suas teorias: 1- A bíblia é interpretada como obra literária, o que implica em lê-la a partir das teorias literárias apropriadas, levando em conta tramas, personagens, estética, densidade narrativa. 2- A bíblia é lida em sua pluralidade de narrativas mas a partir de certa continuidade que existe nas biografias de seus personagens. 3- A bíblia é considerada obra basilar da literatura ocidental, emprestando-lhe temas, técnicas, personagens fortes, tramas sucintas mas cheia de suspense e criatividade.
O autor nos informa que em muitos países do mundo a bíblia nunca foi vista como obra literária e que no Brasil também sempre foi assim encarada. Na verdade muitos autores apresentam divergências na interpretação da bíblia como literatura. Enquanto uns louva a javista como gênio literário, outros não estão preocupados com a visão parcial do texto.
Sobre a questão teopoética Magalhães nos traz a citação de Rubem Alves: “a poética não é somente um objeto material a ser estudado pela teologia, mas o melhor meio de resgatar verdades essenciais da fé cristã e as formas como apresentá-las”.
Em fim, o autor traz sempre a figura do êxodo como um paradigma muito forte fundante da tradição judaico-cristã, devido a isso, jamais a teologia poderá ser acusada de cuidar apenas dos limites eclesiásticos. Os limites da igreja e da teologia são os limites do mundo.
Magalhães fala de um método onde a Bíblia e a tradição se tornam interlocutoras do diálogo, mas deixam de ser “normativas únicas do saber teológico”. Propõe o seu método, que chama de “método da correspondência”. Neste, a teologia dialoga com a literatura numa relação de igualdade sem que se percam as suas respectivas especificidades.
Assim descreve seu método: a cada elemento considerado da revelação na Bíblia e na tradição teológica, podem ser associados um ou mais na literatura mundial. A cada narrativa considerada compreensão da fé, há que se associar outra na experiência das pessoas e nas interpretações literárias.
Para Magalhães “Deus tramita no espelho das palavras” e não apenas na Bíblia e na tradição. Sendo assim, a literatura pode oferecer uma autêntica leitura teológica da vida.
Da forma como foi escrita essa obra, isto é, numa linguagem bastante acadêmica a recomendo apenas para estudantes afins e teólogos, pois os seus textos são voltados para um entendimento dos textos bíblicos como literatura e uma abordagem de textos literários numa visão teológica.
Referência Bibliográfica
MAGALHÃES, Antonio, Deus no Espelho das Palavras; Teologia e Literatura em Diálogo, 2ª. Ed. São Paulo: Paulinas, 2009.257p.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Irena Sendler morreu... sabes quem era?
Irena Sendler morreu... sabes quem era?
Nem sempre o premio é atribuído a quem mais o merece...
Irena Sendler
Uma senhora de 98 anos chamada Irena faleceu há pouco tempo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para
trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.
Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos
nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)
Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e
levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para
crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta
um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazistas quando entrava e
saia do Gueto.
Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste
encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca
de 2500 crianças.
Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e
prenderam-na brutalmente.
Irena mantinha um registro com o nome de todas as crianças que conseguiu
retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de
uma árvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem
sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as
câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar
casas de acolhimento ou pais adotivos.
No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não
foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o
Aquecimento Global.
Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!
Estou transportando o meu grão de areia, reenviando esta mensagem. Espero
que faças o mesmo.
Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na
Europa. Este e-mail está a se reenviando como uma cadeia comemorativa, em
memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de
cristãos e 1.900 sacerdotes católicos que foram assassinados, massacrados,
violados, mortos à fome e humilhados com os povos da Alemanha e Rússia
olhando para o outro lado.
Nem sempre o premio é atribuído a quem mais o merece...
Irena Sendler
Uma senhora de 98 anos chamada Irena faleceu há pouco tempo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para
trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.
Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos
nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)
Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e
levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para
crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta
um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazistas quando entrava e
saia do Gueto.
Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste
encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca
de 2500 crianças.
Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e
prenderam-na brutalmente.
Irena mantinha um registro com o nome de todas as crianças que conseguiu
retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de
uma árvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem
sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as
câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar
casas de acolhimento ou pais adotivos.
No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não
foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o
Aquecimento Global.
Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!
Estou transportando o meu grão de areia, reenviando esta mensagem. Espero
que faças o mesmo.
Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na
Europa. Este e-mail está a se reenviando como uma cadeia comemorativa, em
memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de
cristãos e 1.900 sacerdotes católicos que foram assassinados, massacrados,
violados, mortos à fome e humilhados com os povos da Alemanha e Rússia
olhando para o outro lado.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
PAZ NA CIDADE
Jeremias 29:7
"E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz. "
"E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz. "
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
MEDITE NESSA PALAVRA!
Miquéias 7:18
Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade.
Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da sua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na sua benignidade.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
JOÃO CALVINO - Vale a pena ler!
Calvino 500 Anos | 1509-2009
Entrevista com João Calvino
Dia 10 de julho, comemorou-se 500 anos do nascimento de João Calvino. Se você ouviu falar dele, talvez não tenha sido coisa boa. Possivelmente, associaram o nome dele a doutrinas difíceis de aceitar. Pensando nisso, resolvemos entrevistar o próprio e quem sabe lendo a entrevista a seguir, se desfaça essa má impressão sobre sua pessoa e ensino.
Cinco Solas: Comecemos pelo começo, como foi a sua conversão?
João Calvino: Inicialmente, visto eu me achar tão obstinadamente devotado às superstições do papado, para que pudesse desvencilhar-me com facilidade de tão profundo abismo de lama, Deus, por um ato súbito de conversão, subjugou e trouxe minha mente a uma disposição susceptível, a qual era mais empedernida em tais matérias do que se poderia esperar de mim naquele primeiro período de minha vida.
CS: Quer dizer então que sua aceitação do evangelho dos reformadores não foi imediata?
JC: Contrariado com a novidade, eu ouvia com muita má vontade e, no início, confesso, resisti com energia e irritação; porque foi com a maior dificuldade que fui induzido a confessar que, por toda minha vida, eu estivera na ignorância e no erro.
CS: Podemos dizer então que o senhor foi convencido pelos protestantes?
JC: É o Espírito Santo quem nos regenera e nos transforma em novas criaturas. A regeneração é o ato criador do Espírito Santo, implantando na alma um novo princípio de vida espiritual. A conversão é o primeiro exercício de desse novo princípio gracioso, voltando-se o pecador renascido espontaneamente para Deus.
CS: O senhor é acusado de incentivar a licenciosidade, por defender a doutrina conhecida como "uma vez salvo, salvo para sempre". O que tem a dizer a respeito?
JC: A herança da vida eterna já nos está garantida, visto, porém, que esta vida se assemelha a uma pista de corrida, temos que nos esforçar para alcançar a meta final. Aqueles que não perseveram são semelhantes ao indolente agricultor que só ara e semeia e então deixa o trabalho
inacabado, quando aplainar é indispensável para evitar que a semente seja comida pelas aves ou crestada pelo sol ou destrída pela geada. Felizes porém são aqueles que abraçam o evangelho e permanecem nele!
CS: Isso significa, então, que um nascido de novo pode perder a salvação?
JC: Os eleitos acham-se fora do perigo da apostasia final, porquanto o Pai que lhes deu Cristo, seu Filho, para que sejam por Ele preservados, é maior do que todos, e Cristo promete (Jo 17:12) que
cuidará de todos eles, a fim que nenhum deles venha a perecer. E Deus não frustra a esperança que Ele mesmo produz em nossas mentes através de Sua Palavra e não costuma ser mais liberal em prometer do que em ser fiel na concretização do que prometeu.
CS: Mas, permita-me insistir neste ponto, a doutrina da justificação pregada pelo senhor e pelos outros reformadores não desestimula a santidade?
JC: É certamente verdade que somos justificados em Cristo tão-somente pela misericórdia divina, mas é igualmente verdade e correto que todos quantos são justificados são chamados pelo Senhor para que vivam uma vida digna de sua vocação. Portanto, que os crentes aprendam a abraçá-lo, não somente para a justificação, mas também para a santificação, assim como Ele se nos deu para ambos os propósitos, para que não venham mutilá-lo com uma fé igualmente mutilada. O serviço do Senhor não só implica uma autêntica obediência, como também a vontade de por de lado seus desejos pecaminosos e submeter-se completamente à direção do Espírito Santo.
CS: O senhor também não é muito popular por causa da doutrina da predestinação...
JC: Só porque afirmo e mantenho que o mundo é dirigido e governado pela secreta providência de Deus, uma multidão de homens presunçosos se ergue contra mim alegando que apresento Deus como sendo o autor do pecado. Outros tudo fazem para destruir o eterno propósito divino da predestinação, pelo qual Deus distingue os réprobos e os eleitos.
CS: Mas o senhor concorda que essa doutrina é de fato polêmica, não concorda?
JC: A predestinação divina se constitui realmente num labirinto do qual a mente humana é completamente incapaz de desemparaçar-se. Mas a curiosidade humana é tão insistente que, quanto mais perigoso é um assunto, tanto mais ousadamente ela se precipita para ele. Daí, quando a predestinação acha-se em discussão, visto que o indivíduo não pode conter-se dentro de determinados limites, imediatamente, pois, mergulha nas profundezas do oceano de sua impetuosidade. Tenhamos, pois, em mente que será uma loucura querer conhecer todas as coisas
relacionadas com a predestinação, exceto o que nos é dado na Palavra de Deus.
CS: Apesar dessa dificuldade, o senhor defende a doutrina da predestinação...
JC: O fundamento de nossa vocação é a eleição divina gratuita, pela qual fomos ordenados para a vida antes que fôssemos nascidos. Assim, a nossa vocação e a nossa justificação outra coisa não são que testemunhas da eleição divina, sendo que o Senhor introduziu na comunhão de sua Igreja aqueles que Ele havia preordenado antes de eles nascerem.
CS: Mas se Deus já escolheu a quem irá salvar, que sentido faz orar ou pregar o evangelho?
JC: A pregação é um instrumento para consecução da salvação dos crentes. A pregação é o instrumento da fé, por isso o Espírito Santo torna a pregação eficaz. Elimine-se o evangelho e todos permaneceremos malditos e mortos à vista de Deus. Esta mesma Palavra, por meio da qual somos gerados, passa a ser leite para nos criar, bem como alimento sólido para nossa nutrição contínua. E para incitar os verdadeiros crentes a uma mais profunda solicitude à oração, ele promete que, o que propusera fazer movido pelo seu próprio beneplácito, ele concederia em resposta aos seus pedidos. Tampouco existe alguma inconsistência entre estas duas verdades, a saber: que Deus preserva a igreja no exercício de sua soberana mercê, e que ele a preserva em resposta às orações de seu povo. Pois, visto que sua orações se acham conectadas às promessas graciosas, o efeito daquelas depende inteiramente destas. Aquele que confia na providência divina,
deve fugir para Deus com orações e forte clamor.
CS: O senhor escreveu uma teologia sistemática e comentários para quase todos os livros da Bíblia. O que diria àqueles que estão pensando em ler algum livro seu?
JC: A respeito de minha doutrina, ensinei fielmente e Deus me deu a graça de escrever. Fiz isso de modo mais fiel possível e nunca corrompi uma só passagem da Escritura, nem conscientemente as
distorci. Quando fui tentando a requintes, resisti à tentação e sempre estudei a simplicidade. Nunca escrevi nada com ódio a ninguém, mas sempre coloquei fielmente diante de mim o que julguei ser a glória de Deus.
CS: Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores?
JC: O evangelho não é uma doutrina da fala, mas de vida. Não se pode
assimilá-lo por meio da razão ou da memória, única e exclusivamente, pois só se chega a compreendê-lo totalmente quando ele possui toda a alma e penetra no mais profundo do coração. Os cristão deveriam detestar aqueles que tem o evangelho nos lábios, porém não em seus corações.
Nota: As frases de João Calvino foram todas extraídas do livro Calvino de A a Z, de Hermisten Costa, publicado pela editora Vida.
Deuteronômio 4:9
Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, que não te esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e não se apartem do teu coração todos os dias da tua vida; e as farás saber a teus filhos, e aos filhos de teus filhos.
quinta-feira, 19 de março de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Maria Mendonça
Olá Pessoal!!
Nesse blog tem muita gente que é especial. Gostaria de verdade de dar um abração pessoalmente em todos vocês. Sinto muita saudades. Foi muito bom fazer parte da vida de gente, tão gente...Tá fácil encontrar pessoas, mas gente... hum...! O ADONAI sempre será um marco importante na minha vida.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Carlos Costa - Pr Carlão
Nosso querido irmão Carlos Costa (Carlão) foi consagrado em culto solene no dia 27-12-2008, na Igreja Batista Missionária dos Bereanos Pr. Alberto Salles na. Av. Heitor Dias - Salvador - Ba. ante a um concílio com a presença de vários pastores conhecidos nossos, tais como: Pr. Fabiano, Pr. Elizeu Rocha, Pr. Jarbas Mattos, Pr. Rosivaldo de Araújo, Pr. Jurandir Miguel, entre outros.
O Pr. Carlão, fundou a Igreja Evangélica Manah, a qual está se reunindo todas as terças-feiras a partir das 19 horas no Auditório do Centro Empresarial Iguatemi II.
Pr Samuel - Espanha
As Escrituras dizem: “Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29,12 e 13)
Amados da retaguarda,
Primeiro, quero desejar um FELIZ NATAL para todos vocês e um NOVO ANO cheio do amor e da graça de Deus em vossos corações.
Quero mais uma vez agradecê-los pelo apoio espiritual e financeiro a todos que seguem aí na retaguarda. Não me canso de agradecer ao Senhor por todos os parceiros como vocês, que tem a visão no Reino de Deus; porque o IDE é realizado de três maneira: indo, orando e contribuído, pois, assim estamos juntos fazendo a obra do nosso amado Pai celeste aqui na Espanha.
Pedidos de oração
Se registrou a maior nevada nos ultimos 30 anos aqui na Espanha, o frio esta forte e intenso. Orem porque estamos sentindo muito essa mudanca climatica. Nossos filhos teem de enfrentar a chuva de granizo, a neve e o vento de quase 100 km h. Chega a sangrar o nariz! Sentimos muita dor de cabeca e dores no peito, mas o Senhor tem nos dado forças.
Domingo passado fomos a Igreja debaixo de chuva de granizo, pensei que nao apareceria quase ninguém, mas os irmãos estavam lá e tinha 7 visitantes descrentes, aleluia. Estão com sede de Deus.
Orem por um carro, ainda estamos esperando essa benção, tem que ser um carro com todas as exigências do governo, grades nas rodas e luzes...
Essa a maior crise econômica nos últimos 18 anos aqui na Espanha, um grande número de pessoas desempregadas e desesperadas. Sofrem crises de depressão e se individam cada vez mais. Orem por nossos irmãos que estão sem trabalho e que Deus faça coisas novas porque sabemos que em tempos difíceis Ele age! Orem também pela gente, o custo de vida tem subido muito, tudo esta muito caro! Precisamos mudar de apartamento porque a dona quer vender e voltar seu país de origem Equador. Estamos encontrando casas acima desse valor e teremos que completar com nosso sustento 200 euros a mais, sem falar que ficar longe da escola dos meninos. Teremos que ter um transporte pra levá-los. Hoje 3 reias e 20 centavos equivale a 1 euro e isso pode mudar a qualquer instante.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
sábado, 28 de junho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
AMIGO IRMÃO
Vivemos uma época em nossas vidas que ficará marcada para sempre em nossa memória. Doces dias de domingos repletos de atividade recheados pela graça maravilhosa de Jesus e do seu Santo Espírito. Isso foi lá pelos anos 80 na antiga Igreja Batista Missionária do Salvador, que hoje se chama IBI-Igreja Batista da Independência. ( Salvador – Ba.)
É bem verdade que atualmente estamos espalhados fisicamente em diversas igrejas por esse Brasil, participando dos mais diferentes ministérios em todos os sentidos falando. Sempre quando estamos em nossas andanças pela cidade encontramos alguns irmãos daqueles tempos, aí então a saudade bate. Mais recentemente com falecimentos de irmãos queridos nossos, pudemos encontrar um grupo maior desses irmãos que foram dividir conosco um pouco da nossas dor. Era assim que nós nos encontrávamos. Então pensamos, por que não marcar um momento onde todos pudessem estar juntos, contar histórias, compartilhar? Conversando então com alguns irmãos resolvemos marcar um encontrão e convidar a todos para matar a saudade.
Há quase dois anos estamos analisando de que forma poderia fazer isso acontecer, uma coisa tínhamos certeza, não seria fácil, as dúvidas em nossos corações eram muito grandes e surgia sempre diante de nós uma pergunta: SERÁ QUE ELES TAMBÉM NÃO FICAM ALEGRES QUANDO NOS VÊEM? Essa questão então foi respondida no dia 14 de junho de 2008, quando nos reunimos no auditório do Centro Empresarial Iguatemi, muitos irmãos atenderam ao nosso convite e marcaram suas presenças ali e foi um momento de uma excelência graciosa. Pude então provar daquilo de que a Palavra se refere “AMIGO MAIS CHEGADO QUE IRMÃO”
O nosso primeiro encontro foi NOTA DEZ, já estamos programando mais um para o início do mês de julho/2008, onde poderemos ficar um pouco mais de tempo em comunhão.
Bem pessoal a intenção de criarmos esse blog é de servir como ponto de encontro para as nossas comunicações e deixar todos bem informamos quanto a datas e endereços de nossos próximos eventos.
ATÉ LÁ! UM GRANDE ABRAÇO!
É bem verdade que atualmente estamos espalhados fisicamente em diversas igrejas por esse Brasil, participando dos mais diferentes ministérios em todos os sentidos falando. Sempre quando estamos em nossas andanças pela cidade encontramos alguns irmãos daqueles tempos, aí então a saudade bate. Mais recentemente com falecimentos de irmãos queridos nossos, pudemos encontrar um grupo maior desses irmãos que foram dividir conosco um pouco da nossas dor. Era assim que nós nos encontrávamos. Então pensamos, por que não marcar um momento onde todos pudessem estar juntos, contar histórias, compartilhar? Conversando então com alguns irmãos resolvemos marcar um encontrão e convidar a todos para matar a saudade.
Há quase dois anos estamos analisando de que forma poderia fazer isso acontecer, uma coisa tínhamos certeza, não seria fácil, as dúvidas em nossos corações eram muito grandes e surgia sempre diante de nós uma pergunta: SERÁ QUE ELES TAMBÉM NÃO FICAM ALEGRES QUANDO NOS VÊEM? Essa questão então foi respondida no dia 14 de junho de 2008, quando nos reunimos no auditório do Centro Empresarial Iguatemi, muitos irmãos atenderam ao nosso convite e marcaram suas presenças ali e foi um momento de uma excelência graciosa. Pude então provar daquilo de que a Palavra se refere “AMIGO MAIS CHEGADO QUE IRMÃO”
O nosso primeiro encontro foi NOTA DEZ, já estamos programando mais um para o início do mês de julho/2008, onde poderemos ficar um pouco mais de tempo em comunhão.
Bem pessoal a intenção de criarmos esse blog é de servir como ponto de encontro para as nossas comunicações e deixar todos bem informamos quanto a datas e endereços de nossos próximos eventos.
ATÉ LÁ! UM GRANDE ABRAÇO!
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